18 janeiro 2011

Fútil - Ébrio - Mortal

Não se importe com o vago: fútil
No vagão das minhas ações
Meus gestos , seu olhar
Importam a mim, mais que tudo.


Em meu peito há prazer
Sedento por teu jeito - beijo
No seu toque há meu gozo
Irônico você sorrindo - Gemendo.

Futilmente, facilmente
Irrito-me com o vago, o sóbrio
Ébrio torno-me frio
Em minha boca calma.
Amargante doce o sabor
Em sua quente língua.

Míngua, inflama, lateja
Meu coração choroso: frágil
Quero, nada demais querer
Sua atenção ao real - mortal.

Da morte nada sei - morrerei
Desejo a nós, meu amor
Seu oposto: Vida.


Plácido Lima
Janeiro/2011

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